quarta-feira, dezembro 23, 2009

Qual Natal?

Um Natal Diferente

Publicamos aqui interessante artigo do Comp. João Gonçalves Filho (Bosco), do clube co-irmão Rotary Club Fortaleza Leste. O autor é Acadêmico da Academia Limoeirense de Letras e Presidente Eleito para 2010-2011 de seu clube.

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Estamos vivendo os dias, que antecedem uma das maiores festas cristãs: o nascimento de Jesus Cristo, que veio ao mundo, numa manjedoura de Belém, para pregar a paz, fraternidade humana, solidariedade entre as Nações, tolerância, convivência humana na sociedade, enfim, o verdadeiro amor entre os homens de boa vontade. O que presenciamos? Um mundo cada vez mais violento: guerras religiosas, miséria, fome, aviltamento à dignidade do ser humano, crimes hediondos, pedofilia, corrupção desenfreada entre parlamentares, filhos matando os seus próprios genitores, intolerâncias de toda ordem, agressões ao meio ambiente, assaltos, sequestros, 56 milhões de brasileiros, que vivem abaixo da linha de pobreza, 1,2 bilhão de pessoas passando fome, em todo o mundo, enfim, mazelas outras bem próprias dos dias atuais, no mundo globalizado em que vivemos. Oportuno, neste Natal, que cada cristão, ser humano, cada cidadão, cidadã, não importando religião ou classe social, reflita, intensamente, no que de concreto podemos fazer para reformular esse quadro caótico em que estamos mergulhados, de maneira otimista e continua, todos os dias do ano que se aproxima – 2010. Essa “revolução de mudanças” tem início dentro de cada um de nós, alicerçada em nosso comportamento de cidadania, ou seja, na plenitude de direitos e obrigações de cada brasileiro. O Nascimento de Cristo, que veio ao mundo para mudar a face da terra, deve ser o foco maior para o ano, que se aproxima. O papa Bento XVI, em recente homilia, afirmava: “enquanto houver desigualdades escandalosas, riqueza extrema ao lado de miséria e fome, não podemos celebrar a vinda do Senhor”. Mercê a vanglória de alguns e da penúria de muitos, não podemos celebrar o Natal de Jesus Cristo com plena e tranquila consciência. Aqueles que teem a missão de administrar os bens públicos não subordinem, não busquem enriquecimento fácil e ilícito, explorando os mais humildes, os pobres. Que neste Natal seja o início de um novo tempo, onde possamos cultivar bons sentimentos e tenhamos uma colheita farta de amor, fraternidade, união e muita paz.

João Gonçalves (Bosco) – da 
Academia Limoeirense de Letras

Artigo publicado em 22 de dezembro de 2009 - Jornal O Estado.