Publicamos aqui interessante artigo do Comp. João Gonçalves Filho (Bosco), do clube co-irmão RC Leste. O autor é Acadêmico da Academia Limoeirense de Letras e Presidente Eleito para 2010-2011 de seu clube.
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O mundo inteiro celebrou, no último dia 22 de maio pretérito, o Dia Internacional da Biodiversidade. Afinal de contas, para o mundo leigo, o que significa? O termo biodiversidade, numa conceituação mais simples, ou diversidade biológica, descreve a riqueza e variedade do mundo natural, como as plantas, os animais e os micro-organismos, que nos fornecem alimentos, medicamentos e expressiva parte de matérias-prima utilizada pela indústria. É, numa estância final, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos múltiplos ecossistemas existentes no mundo, além de apresentar um forte potencial de uso econômico. O foco central dessa realidade, no mundo globalizado contemporâneo, é definir programas governamentais voltados para defesa da natureza, singularmente, num crescimento sustentável - afirma o prof°. Voltolini. A mídia internacional vem reservando grandes espaços, visando despertar a sociedade globalizada para a relevância de uma “cultura ambiental“, na equação irreversível de que a vida humana está restreitamente relacionada, em sua sobrevivência, com a harmonia do meio ambiente, como : ar, água, alimentação, minérios, riquezas naturais, fauna e flora. A grande síntese é pontuada pela premente necessidade de se direcionar as escolhas da humanidade e educá-la, urgentemente, para que não se ignore as consequências ambientais de seus atos. O Brasil é considerado campeão mundial em biodiversidade, detendo, aproximadamente, 20% das espécies conhecidas no mundo. Não se sabe quantas espécies de vegetais e animais existem no mundo, enquanto, segundo dados apresentados pelo Ibama – órgão brasileiro responsável pelas listas oficiais de espécies da fauna e flora brasileiras – variam entre 10 e 15 milhões, embora, no momento, cientistas classificam somente 1,8 milhões. De há muito, a nossa natureza vem sendo agredida, irresponsavelmente, pelos grandes aglomerados econômicos, sociedade organizada, ocasionando “ameças à biodiversidade“. A poluição, uso inadequado e excessivo dos recursos naturais, a expansão das fronteiras agrícolas em detrimento dos “habitats naturais“, a expansão urbana e industrial, representam fatores relevantes, que redundam na extinção de espécies vegetais e animais. Segundo o Fundo Mundial para a Natureza - “o Brasil tem a maior taxa de desmatamento do mundo, na constatação de que, anual são aproximadamente, 18.200km2 da floresta Amazônia desmatadas”, ratificada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Ibama. Como resultante: redução da nossa biodiversidade, aumento da erosão e comprometimento dos recursos hídricos, podendo ocorrer alterações no regime de chuvas e clima. Depois da Amazônia, a Floresta Atlântica é uma das áreas mais atingidas pelo desmatamento no País. O Pantanal – considerado um dos maiores patrimônios do planeta – vem sofrendo progressiva e inadmissível degradação, mercê desordenada e intensa expansão das atividades agropecuárias.
Essa área é a maior planície inundável do mundo, ou seja: 150.000 km2 – com uma zona de serrado, onde, nos pontos mais úmidos, crescem espécies arbóreas de floresta tropical.” Não se trata de manter a Amazônia como um mero santuário, mas de usar as informações disponíveis para ações sustentáveis de crescimento econômico, no presente e mais seguras no futuro “ - afirma o prof°. Adalberto Luis Val. A preocupação pela ecologia humana e urbana, educação ambiental, ações governamentais representam a visão crítica da modernidade.
João Gonçalves Filho (Bosco)
da Academia Limoeirense de Letras
Fonte: 15 de julho de 2009 – Artigo publicado no Jornal O Estado.